Índice de inadimplência: descubra como calcular o indicador da sua empresa

Quando uma empresa tem um alto índice de inadimplência, é possível perceber uma redução nos lucros e impactos para o fluxo de caixa. Os efeitos podem ser ainda maiores e afetar drasticamente a continuidade dos negócios.

Além da queda no faturamento e a redução dos lucros, a falta de pagamentos pode gerar outras consequências. Atraso na quitação de obrigações com fornecedores, necessidade de solicitar financiamentos e empréstimos ou aumento das despesas devido a juros são alguns exemplos.

Pensando nisso, preparamos este artigo para você entender como calcular o índice de inadimplência da sua empresa. Continue a leitura e confira!

O que é índice de inadimplência?

O índice de inadimplência indica o percentual de clientes que estão com atraso no pagamento. É importante calcular esse indicador para que seja possível pensar em estratégias para reduzi-lo. O objetivo é garantir a saúde financeira do negócio e a sua continuidade.

Existem diferentes motivos que podem levar ao aumento do índice de inadimplência. Problemas financeiros, esquecimento e crises econômicas são alguns deles. Assim, é essencial se atentar aos indicadores e, também, as causas de não pagamento.

Com base nessas informações, é possível entender como agir para efetuar as cobranças dos clientes. Logo, o setor de contas a receber consegue lidar melhor com a situação para garantir melhores resultados.

Qual a importância do índice de inadimplência?

Conhecer os índices de inadimplência é essencial para um bom funcionamento da empresa. Eles permitem que o departamento de contas a receber tenha material e informações suficientes para agir mais rapidamente em caso de atraso nos pagamentos.

Desse modo, o índice é uma ferramenta fundamental para acompanhar a saúde financeira da empresa. Cabe ressaltar que, embora a inadimplência ideal deva tender a zero, é muito difícil alcançar esse patamar.

Portanto, a companhia precisa colocar estratégias em prática para mantê-lo o mais baixo possível. Para isso, vale conhecer novas soluções, como ter uma Plataforma Inteligente para otimizar o trabalho do departamento de contas a receber de médias e grandes empresas.

Como calcular o índice de inadimplência?

O cálculo do índice de inadimplência é feito pela divisão dos pagamentos que estão em atraso de 90 a 180 dias pelo total de recebíveis que venceram durante o mesmo período. Ou seja, se você desejar calcular o índice para o mês de agosto, precisa considerar as quitações que deveriam ser realizadas em fevereiro, março e abril.

Para ter o resultado em porcentagem, basta multiplicá-lo por 100. Ademais, o ideal é fazer o cálculo todos os meses. Afinal, quando o acompanhamento é mensal, é possível fazer uma análise ampla e comparar todos os períodos.

Com essas informações, o gestor pode identificar padrões, como os meses nos quais a inadimplência é maior. Assim, ele consegue obter dados sobre o comportamento dos consumidores para entender o que está gerando a falta de pagamento.

Esse acompanhamento periódico também permite criar estratégias de combate à inadimplência que sejam mais eficientes.

Qual o índice de inadimplência aceitável em uma empresa?

Depois de saber o que é e como calcular o índice de inadimplência, você deve estar se perguntando qual o valor aceitável em uma empresa. Como vimos, o ideal é que ele esteja o mais próximo de zero possível.

No entanto, essa é uma tarefa muito complicada, principalmente para companhias que trabalham com vendas parceladas. É comum que índices de inadimplência entre 3% e 15% sejam considerados baixos, mas isso depende de cada companhia, não sendo possível usar uma referência geral para todas as empresas.

Quais são os demais indicadores para considerar?

Além do índice de inadimplência geral, existem outros indicadores que ajudam a apurar a situação financeira da empresa e que podem ser avaliados. Confira alguns deles:

Índice de atraso geral

O índice geral de atraso é calculado pela divisão do atraso geral pelo total de contas a receber. A primeira variável é a somatória de todos os títulos que venceram desde o primeiro dia de atraso.

Isso inclui títulos que já estão no departamento ou em cobrança terceirizada. Assim, esse indicador considera todos os títulos, independentemente da fase de cobrança. Ele engloba desde aqueles que venderam recentemente até os mais antigos.

Por considerar os títulos vencidos desde o primeiro dia de atraso, esse indicador reflete a política adotada. Além disso, ele retrata a qualidade da concessão de crédito da empresa.

Índice de atraso parcial

Para calcular o índice de atraso parcial é necessário mudar apenas o somatório de títulos vencidos. Nesse caso, são usados os que estão em atraso parcial. Então são considerados os débitos com mais de 30 dias de atraso.

Também são considerados os títulos que estão no departamento e em cobrança terceirizada. Portanto, ele considera apenas aqueles que já passaram pelas fases iniciais do processo de cobrança.

Ao interpretar esse índice, lembre-se de que ele reflete a eficiência da estratégia de cobrança que a companhia está seguindo. Isso porque o indicador é o resultado dos esforços de recuperação das cobranças.

Índice da cobrança terceirizada e Índice de contencioso

O cálculo dos dois índices considera apenas o somatório de títulos em cobrança terceirizada e judicial. Portanto, somente aqueles recebíveis que estão nos parceiros terceirizados devem ser levados em consideração. É importante calcular o índice para cada um dos parceiros terceirizados para comparar o desempenho e identificar o parceiro que entrega maior resultado.

Esses indicadores representam, então, a parte da carteira do departamento de contas a receber que, via de regra, tem baixa expectativa de recebimento.

Assim como o índice de inadimplência geral, os demais podem ser multiplicados por 100 para obter o resultado em porcentagem.

Agora você sabe os impactos que o alto índice de inadimplência dos clientes pode trazer para os negócios. Dessa maneira, calcular esse e outros indicadores é importante para combater o problema, além de ajudar a definir estratégias para manter as finanças organizadas.

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