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Provisão para devedores duvidosos: o redutor de eficiência do contas a receber

Provisão para devedores duvidosos: o redutor de eficiência do contas a receber

A gestão financeira da empresa precisa ter atenção às previsões de receitas e pagamentos. Afinal, as quitações feitas pelos clientes são necessárias para cumprir as obrigações do negócio. Para melhorar o planejamento financeiro é preciso ter a provisão para devedores duvidosos (PDD).

Ela visa identificar e reduzir os impactos que podem surgir diante da inadimplência. Porém, se a inadimplência não for bem administrada na empresa, ela será um grande redutor de eficiência do negócio.

Neste conteúdo, você aprenderá mais sobre o que é PDD, quais os impactos que ela traz e como evitar que isso prejudique a empresa. Confira!

O que é a provisão para devedores duvidosos?

A PDD é uma conta redutora do ativo, pois identifica um determinado montante de capital que a empresa potencialmente não irá receber de seus clientes. Esse lançamento contábil tem como objetivo lidar com os prejuízos causados pela inadimplência.

Assim, funciona como um ajuste de expectativas para os gestores, afinal, de todo o ‘contas a receber’ de clientes, a empresa acaba recebendo uma fração do capital por conta dos pagamentos não realizados. A dimensão dessa fração do capital será definida pela qualidade do risco de crédito dos clientes e da eficiência da gestão de contas a receber e cobrança da empresa. Quanto maior for a eficiência do time financeiro no processo de cobrança, menor será a necessidade de provisão para perdas em créditos de liquidação duvidosa.

A provisão deve ser feita anualmente, antes do início do exercício contábil, considerando os riscos de inadimplência. Ela se torna uma despesa que é lançada nos controles antes mesmo de se concretizar. Portanto, a empresa deve ter um bom controle de dados sobre vendas e pagamentos para fazer as projeções.

A prática é necessária em empresas financeiras e não financeiras. As financeiras trabalham diretamente com a concessão de crédito e empréstimos. Nelas, é comum que exista um risco maior de inadimplência, considerando os tipos de operações realizadas. As empresas não financeiras trabalham com vendas de produtos e serviços a prazo, como crediário e cheque, e existe o risco de que o cliente não pague. O mesmo acontece com assinaturas e mensalidades.

Sem as entradas, surgem dificuldades para lidar com o pagamento de fornecedores, colaboradores e outras despesas. Portanto, mesmo empresas que não atuem no setor financeiro precisam trabalhar com o procedimento.

PDD e regras de contabilidade

Algo que chama atenção para a importância da PDD são as normas internacionais de contabilidade, conhecidas como International Financial Reporting Standards (IFRS). O Brasil adotou essas regras a partir de 2010, exigindo a adequação das empresas.

Nesse caso, o conceito equivalente à PDD seriam as Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD). Esse é o termo utilizado no balanço patrimonial, demonstrando o valor gasto para cobrir as perdas causadas pela inadimplência.

Se a empresa é obrigada a manter registros contábeis, o PCLD deve ser apresentado. Por isso, um dos cuidados essenciais ao fazer a provisão é analisar todos os fatores de risco. A partir desses critérios é que será possível determinar as possíveis perdas para indicar o valor destinado a cobri-las.

Quais são os impactos da PDD no lucro e no desempenho operacional?

Apesar da importância da PDD para a empresa, é preciso ter atenção para que ela não se torne muito ampla e prejudique a companhia. Muitas vezes, as ações do contas a receber passam a ser vistas com menor relevância, porque as saídas já foram previstas.

Consequentemente, existe o risco de que a empresa deixe de se voltar a medidas mais eficientes na avaliação de crédito, pré-vencimento e cobrança. O gerenciamento dos pagamentos, quando não realizado cuidadosamente, reduz os resultados da companhia com um todo.

Isso acontece porque, muitas vezes, as empresas contam com o dinheiro que eventualmente não será retornado. A companhia pode esperar receber o valor e não adotar as ações para atingir bons resultados.

De certo modo, enquanto as perdas forem supridas pela PDD, nem sempre se enxerga a relevância de um contas a receber eficiente. No caso, a empresa busca apenas ter um resultado positivo – lucro – ao analisar os dados financeiros.

O problema é que a menor preocupação com a eficiência no contas a receber leva a uma redução nos lucros do negócio. Sem uma boa gestão no setor, as próprias previsões podem ser prejudicadas: criam-se margens maiores para a PDD, que diminuem a lucratividade.

Como evitar que a PDD prejudique o dia a dia das empresas?

Como você viu, a contabilização da provisão para devedores duvidosos é importante para a empresa. Contudo, é preciso adotar alguns cuidados para que ela não se torne um redutor de eficiência. O objetivo deve ser, apenas, ter mais segurança financeira.

Para isso, o setor de contas a receber precisa de uma boa estrutura e uma equipe preparada para conseguir recuperar créditos. Sabendo que os resultados anteriores são considerados para a perspectiva da PDD em cada ano, isso também ajuda a reduzir o total necessário.

Portanto, a melhor maneira de evitar que a PDD se torne prejudicial é investir em tecnologia e inovação no setor de contas a receber. Aqui, existem duas dicas essenciais.

Tenha uma plataforma inteligente

Uma plataforma especialista em contas a receber consegue trazer mais eficiência para o setor e facilitar a análise de dados. Ele permite centralizar todas as informações, gerar réguas de cobrança e automatizar os processos do setor.

Ainda existem outras funcionalidades e vantagens, como:

  • criação de alçadas de negociação;
  • uso de inteligência artificial para avaliar o comportamento de pagamento do cliente;
  • aplicação de Business Intelligence para análise de dados e transformação em informações úteis;
  • acompanhamento dos pagamentos;
  • gestão completa do setor.

Dessa maneira, um sistema inteligente, como a Receiv, consegue facilitar o processo de cobrança e reduzir a inadimplência.

Adote boas práticas de cobrança

Não adianta ter boas ferramentas se os processos não forem estruturados. Assim, o time de cobranças precisa ter capacidade para adotar as melhores práticas. Para tanto, a empresa também necessita da régua de cobrança e de ações que ajudem a incentivar os pagamentos.

É preciso saber criar boas cobranças e segmentar os clientes para entender as medidas mais indicadas para cada situação. O tom utilizado e a forma de conduzir a negociação também influenciam os resultados. Portanto, invista na capacitação e no alinhamento da equipe.

Como você viu, a provisão para devedores duvidosos é uma ferramenta importante para a empresa. No entanto, ela pode ser prejudicial ao setor de contas a receber se não for utilizada corretamente. Então invista em boas práticas para evitar prejuízos e aumentar os lucros do seu negócio!

Precisa de suporte para colocar a estratégia em prática? Acesse o nosso site para conhecer os diferenciais da plataforma Receiv!

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